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5 Áreas da vida importantes para promover resiliência em crianças e adolescentes

5 Áreas da vida importantes para promover resiliência em crianças e adolescentes

Vivemos constantemente em uma rotina de estresse e é comum os adolescentes e crianças também sentirem esse estado. O estresse pode interferir diretamente na rotina escolar, nos relacionamentos familiares, como também propiciar crianças e adolescentes a se envolverem em situações de risco.

Devido a esses fatores, é importante termos a atenção em desenvolver resiliência durante a infância e adolescência.

Apesar dos pais terem a maior responsabilidade no desenvolvimento dessa competência, acreditamos que essa deve ser uma atuação da sociedade para preservarmos os nossos pequenos.

Para que desenvolver resiliência na infância e adolescência?

Durante esse período da vida de meninos e meninas, eles precisam desenvolver diversas competências para após alguns anos estarem prontos para a vida adulta.

Desenvolver a resiliência desde cedo pode auxiliar em diversas situações como:

- Lidar com estresse de forma equilibrada em diferentes situações da vida

- Saber controlar as emoções em situações de pressão, como por exemplo transições de ano na escola e vestibular

- Ter uma forte rede de apoio para caminhar junto a esse período de transição

- Alimentar a autoconfiança e ter clareza de seus objetivos

- Ter senso de resolução de seus problemas

Como já apontado por Edith Grotberg, em outras contribuições, para o desenvolvimento de pesquisas sobre resiliência, quando trabalhamos com a resiliência durante a infância e adolescência conseguimos criar a ruptura de crenças e adquirir um novo sistema de crenças.

Outro ponto importante que Edith Grotberg levanta é de analisarmos o momento de vida das crianças e adolescentes. Em crianças, por exemplo, o apoio e a competência da resiliência podem ser desenvolvidos durante as tarefas escolares, como também no fortalecimento dos vínculos familiares.

Já na adolescência, além do contexto escolar, podemos intensificar essa competência com relação aos relacionamentos interpessoais.

Além de amor, apoio, disciplina, atenção dos pais e professores, outros pontos são fundamentais a serem desenvolvidos para alavancarmos a resiliência durante a infância e adolescência. Vamos citar alguns de acordo com a metodologia da Abordagem Resiliente.


EMPATIA

A empatia é uma área da resiliência que está inteiramente relacionada aos relacionamentos humanos. É saber transmitir a nossa mensagem de uma forma que eles entendam e que respondam com reciprocidade.

Quando falamos de empatia na resiliência, estamos abordando as crenças relacionadas com o bom humor, sinceridade, consistência, aproximação, conectividade e desejo de interagir com outros.

Ao termos um adulto com essa habilidade desenvolvida que sirva de inspiração para os nossos pequenos e que incentivem esse tipo de comportamento, é muito provável que estas crianças e adolescentes irão se relacionar com alegria com outros pessoas, manter uma atitude de encorajamento, cultivar a comunicação e estabelecer claros parâmetros relacionais para que todos possam se posicionar com abertura diante de situações conflituosas ou difíceis.

As crianças e jovens passam a ter maior habilidade de ouvir, olhar nos olhos, e de acreditar em seu potencial. Estabelecem fortes vínculos e tem respeito e amor nas relações interpessoais.

Como pais, professores ou sociedade em geral, podemos pensar em algumas questões que nos ajudam a desenvolver empatia na infância e adolescência:

Quanto eles buscam realmente conhecer como a outra pessoa pensa?

Quanto costumam ser corretos em suas percepções de como os outros pensam?

Quais são as estratégias para identificar os pensamentos dos outros?


AUTOCONFIANÇA

A autoconfiança traz o senso de ser capaz para estarmos aptos a realizar os nossos projetos. Como dito antes, dependendo de cada idade e fase de vida, os projetos podem variar.

Desenvolver autoconfiança em um contexto que envolva crianças e adolescentes eleva a capacidade de eles atuarem junto na resolução de problemas e conflitos, aumentando as habilidades, capacidades e talentos dos envolvidos no ambiente.

Ao discutir de forma empática com crianças e adolescentes, é possível engaja-los no propósito de realizar mudanças, ter autoeficácia, garantir a própria segurança e de confiar na sua capacidade de superar os obstáculos.

Assim como antes, ao ter uma referência no sentido de desenvolver a autoconfiança, crianças e adolescentes criam a capacidade de ter originalidade de ideias e propostas, desenvolvendo novas visões e não se limitando apenas ao que está proposto.

A autoconfiança também gera independência na tomada de decisões e na execução das atividades.

Questões que podem ajudar a desenvolver autoconfiança durante a infância e adolescência:

Qual o principal recurso interno que ativa a sua confiança?

O que necessita perceber, em si mesmo, para expressar consistente confiança?

O que estimula e energiza confiança em você?


OTIMISMO PARA A VIDA

É comum criarmos a tendência de reprimirmos as crianças e adolescentes quando ocorre um erro. Essa postura de reprimir e de punição, podem provocar certo pessimismo ao longo do tempo e retrair a criança ou adolescente de pensar e agir de forma otimista no enfrentamento dos desafios da vida.

O otimismo para a vida traz a clareza de que é possível mudar para melhor, agir com entusiasmo e empolgação.

Ao ter acesso a referências nessa área da resiliência, jovens e crianças passam a pensar com coragem e determinação.

Tendo essa coragem e determinação, a postura é visionária e permite enxergar novas oportunidades, garantindo uma visão saudável do otimista para o futuro.

Acreditam que diante de situações difíceis é possível ultrapassar os limites impostos, quando se tem apoio e recursos, o que lhe permite se engajar com energia nos desafios e tarefas, resultando em uma atitude confiante e favorável, com capacidade de se motivar e manter outros motivados.

Para desenvolver otimismo nos pequenos, podemos pensar em questões como:

Quais ingredientes internos eles podem nutrir para fortalecer o seu otimismo?

Quando eles atingem uma conquista simples como reconhecem o otimismo?

O que eles necessitam perceber para se dar conta que devem acionar seu otimismo?


CONQUISTAR E MANTER PESSOAS

Essa área envolve a capacidade que qualquer pessoa tem de conquistar novos relacionamentos e de se manter vinculada a outras pessoas para fortalecer a sua rede de apoio. Dessa forma, é uma área que possibilita agregar e cultivar relacionamentos, tornando-os consolidados e duradouros.

Ao desenvolver essa área da resiliência, temos crianças e adolescentes com a capacidade de alcançar, conquistar e manter pessoas na rotina de vida.

As crianças e adolescentes tem capacidade de priorizar, juntar e engajar pessoas em seus objetivos e desafios. Também agrega o senso de engajar pessoas em seus propósitos por apresentar alta capacidade de inspirá-las e alinhá-las às perspectivas de futuro.

Podemos pensar em algumas questões que nos ajudam a desenvolver a arte de conquistar e manter pessoas durante a infância e a adolescência:

De 0 a 10 quanto eles enxergam que necessitam de manter outras pessoas por perto?

Ao buscar conquistar novos amigos, que aspecto procura dar maior expressão?

O que contribui para não ser difícil a decisão de se conectar com os outros?


AUTOCONTROLE

O autocontrole está relacionado a capacidade de administrar os comportamentos e emoções de modo apropriado em diferentes situações da vida.

Desenvolver autocontrole em crianças e adolescente significa estimular a coerência e conhecer os seus próprios limites e potenciais, trazendo forte flexibilidade.

Passam a se sentir bem emocionalmente ao se envolver em projetos e tarefas, o que resulta em um consistente senso de realização.

Além disso, conseguem criar uma atitude bem-humorada diante de situações de fortes crises e das situações adversas, criando um ambiente agradável, abrindo novas possibilidades e obtendo maior senso de identidade e segurança.

Para desenvolver autocontrole nos pequenos, podemos pensar em questões como:

De 0 a 10 quanto de emoções positivas eles costumam agregar no enfrentamento de adversidades?

Qual opinião eles têm sobre o controle de suas emoções?

Qual emoções eles costumam privilegiar diante de desafios?

 

E você, de que modo está conversando e praticando os comportamentos resilientes junto as crianças e adolescentes do seu convívio?

 

Fonte: Sobrare, por Paula Assis