Uma mulher contou sua experiência durante o funeral de seu sogro. Enquanto ela cumprimentava e atendia as pessoas que tinham vindo oferecer suas condolências à família, percebeu que um de seus netos esteve todo o tempo sentado junto a sua bisavó, agora viúva, acariciando suas mãos, abraçando-a e mostrando-lhe seu carinho.
Essa mulher sentiu alegria em seu coração ao ver seu neto, de apenas dez anos de idade, forjando um vínculo inquebrável com sua bisavó por meio de pequenas ações. Ao voltar para casa, escreveu um bilhete ao menino agradecendo-lhe pelo gesto tão bonito que tinha mostrado simplesmente estando com a bisavó durante o funeral.
O neto, agradecido pela nota, respondeu-lhe dizendo que ele o havia feito de boa vontade, e que essa pequena ação o havia feito sentir-se feliz e muito satisfeito.
Todas as nossas ações contam
Ainda que não pensemos nisso, tudo o que fazemos tem um efeito em nós mesmos e nos que nos rodeiam.
Esse menino sentiu em seu coração o desejo de acompanhar sua bisavó. Sua pequena ação teve pelo menos três resultados: ele mesmo se sentiu contente, sua bisavó se sentiu amada e acompanhada, e a avó se sentiu orgulhosa e feliz de ver sua boa obra.
Além disso, as nossas pequenas ações a favor dos membros da família resultam em mais amor e compreensão entre nós.
Expressemos gratidão pelas boas ações
A avó desta história pode ter ficado satisfeita com o que viu no neto. No entanto, tomou um passo que deu ainda outro resultado: escreveu uma nota de gratidão e em troca, recebeu uma resposta de gratidão.
Se pudéssemos recordar alguns dos momentos que mais nos encheram de satisfação na vida, nos daríamos conta de que muitas dessas lembranças são de pessoas que em um momento se sentiram apoiadas, queridas, aceitas ou perdoadas por nós, e que tomaram o tempo de nos expressar sua gratidão.
Foi com muita razão que os nossos pais e avós nos ensinaram que “obrigado” é uma das palavras mágicas que nos abre muitas portas na vida (incluindo as portas de muitos corações).
Sejamos mensageiros de boa vontade
Cada família necessita de uma grande dose de amabilidade, amor e compreensão entre os seus membros; no entanto, muitas vezes, o mais difícil é ser amável, amoroso e compreensivo com os membros da nossa própria família.
Há uma canção que nos recorda de que “brigamos porque estamos tão perto um do outro”, e que há vezes que “ferimos aqueles que mais amamos”. É-nos mais fácil mostrar as nossas melhores facetas a outras pessoas, mas em casa, baixamos a guarda e aparecem os nossos lados mais obscuros.
É por isso que o laboratório da vida é em nossa família, devemos procurar ser os portadores da mensagem de paz e boa vontade entre nós mesmos. Quando nossos filhos nos veem sendo amáveis constantemente, isso é o que eles associam com um comportamento “normal”.
Podemos dizer aos nossos filhos: “Em nossa família, nós nos tratamos com amor, cortesia e respeito”, e depois mostramos a eles com as nossas ações que esse é o nosso modo de vida.
Tenho certeza de que a mulher que contou a história que compartilhei no começo não é uma mulher perfeita. Também estou certa de que incutiu nos seus filhos o amor e o respeito pelos seus avós e bisavós, e anos depois, desfrutou ao ver que os seus ensinamentos passaram das suas mãos para os seus filhos, e dos seus filhos para os seus netos.
Não perca a esperança se sua vida familiar não for perfeita. Partilho um segredo: nenhuma família é, mas, contudo, podemos começar a nos esforçar para sê-lo a partir de hoje. Você em sua casa e eu na minha, praticando mais amor e repartindo uma maior quantidade de boa vontade entre nós.
É algo que vale a pena fazer, uma pequena ação atrás da outra. Acredito firmemente que se recordarmos os três pontos acima mencionados, começaremos a “abundar em boas obras” (Atos 9:36) dentro das paredes de nosso lar. E, francamente, o que contribui melhor ao mundo do que uma família sólida onde todos se sentem confiantes e seguros, amados e protegidos em todos os momentos?
Como começar a dar e receber amor?
Proponho uma coisa pequena: pode ser tão simples como deixar um bilhete no travesseiro do seu filho dizendo que o ama e é grata pelo privilégio de ser a sua mãe, ou incluir um bilhetinho junto ao lanche da escola.
Eu adoraria ouvir suas experiências e o resultado desta pequena ação (você pode deixar um comentário ao fim do artigo). Se gostou do resultado, siga em frente com outras formas simples de demonstrar o seu amor por sua família.
E claro, se não recebeu a reação que esperava, não desista. Continue demonstrando seu amor em pequenas coisas, porque algo que aprendemos ao longo da vida é que “das coisas pequenas procedem as grandes”.
Por: Wendy Rojas